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“Fronteiras Abertas” é referência em artigo de pesquisadora do Imasul

O estudo produzido pelo Sindireceita, que deu origem ao livro reportagem “Fronteiras Abertas – um retrato do abandono da aduana brasileira” é citado como referência no artigo “Subsídios para o monitoramento de pontos de travessia e pesqueiros em trecho do Rio Apa, fronteira do Brasil e Paraguai”. Produzido pela pesquisadora do Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul), Helena Maria de Amorim Tomczak, o artigo apresenta, entre outros pontos, uma análise sobre a fragilidade no controle de fronteiras que permite o trânsito sem controle sanitário de gado paraguaio para o território brasileiro, elevando os riscos de contágio do rebanho nacional por doenças como a febre aftosa. “O livre trânsito de gado ao longo da fronteira Brasileiro-Paraguaia arrisca a saúde do rebanho dos dois países…A Zona de Alta Vigilância (ZAV) foi criada em 2008, após a ocorrência da Febre Aftosa (FA) em uma área de 750 quilômetros ao longo da fronteira com o Paraguai. A carne bovina in natura produzida no ZAV não pode ser exportada, e isso causou um impacto sobre a economia de vários municípios na região do Pantanal (FAMASUL, 2010). Não há ainda uma suspeita, após o surto de febre aftosa que ocorreu em 2005, que resultou no abate sanitário de mais de seis mil animais na região e em grandes perdas para a exportação da carne brasileira, que pode ter se originado de animais contrabandeados do Paraguai”. De  acordo com a pesquisadora as áreas de fronteira com comércio mais intenso entre os dois países envolvem os municípios de Isla Marguerita (Alto Paraguai Técnica) com Porto Murtinho-MS, Bella Vista (Dept Amambay), com Bela Vista-MS, Pedro Juan Caballero (Amambay) e Ponta Porã-MS, Salto del Guairá (Canindeyú Técnica) com Mundo Novo-MS.

Neste trecho do artigo a pesquisadora utiliza as informações produzidas pelo Sindireceita e destaca  os graves problemas que a falta de controle na fronteira entre o Brasil e o Paraguai podem gerar à pecuária nacional. “Durante 10 meses, uma equipe do Sindireceita percorreu mais de 15 mil km em estradas federais, estaduais, estradas ribeirinhas e rios ao longo da zona fronteiriça entre Brasil e Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Nestes pontos do País, caminhões carregados com carvão, madeira, bebidas e produtos agrícolas entram diariamente no Brasil, sem qualquer vigilância. Barcos atravessar rios nas fronteiras brasileiras no Norte, Centro-Oeste e Sul regiões sem qualquer inspeção. Rios ao longo da fronteira são rotas de tráfico de drogas e contrabandistas que utilizam os portos clandestinos para entrar no Brasil sem qualquer tipo de assédio (SINDIRECEITA,2010)”. A pesquisadora acrescenta ainda que foi “neste contexto, que o presente estudo identificou os pontos e mapeou a passagem de bovinos, bens e produtos, sem autorização ambiental e de saúde ao longo da fronteira entre Brasil e Paraguai…”  

Veja o artigo completo.

 

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