Plano Estratégico de Fronteiras apreendeu 62 toneladas de drogas em quatro meses
out
2011
Plano Estratégico de Fronteiras apreendeu 62 toneladas de drogas em quatro meses
presidencia.gov.br
10/10
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Luciano Seixas: Olá, eu sou Luciano Seixas e estou aqui para mais um “Café com a Presidenta”, o nosso encontro semanal com a presidenta Dilma Rousseff. Bom dia, Presidenta. Bem-vinda de volta ao Brasil.
Presidenta: Ah obrigada, Luciano. Bom dia para você e para todos os nossos ouvintes.
Luciano Seixas: Esta semana o Plano Estratégico de Fronteiras completou quatro meses. Já dá para fazer uma avaliação do resultado das operações até agora?
Presidenta: Dá, sim, Luciano. O Plano Estratégico de Fronteiras, como você sabe, tem como objetivo prevenir e reprimir o crime, o tráfico de drogas e armas nas nossas fronteiras. Temos tido um resultado muito positivo no combate a esse contrabando. Nas duas operações que fazem parte do Plano – a Operação Sentinela, liderada pela Polícia Federal, e a Operação Ágata, pelas Forças Armadas –, já foram, por exemplo, apreendidas mais de 62 toneladas de drogas nos últimos quatro meses, o que daria, Luciano, para encher oito carretas. Isso tudo significa que nós conseguimos evitar que uma quantidade grande de maconha, de cocaína e outras drogas chegasse às cidades brasileiras.
Luciano Seixas: Presidenta, só para lembrar aos nossos ouvintes, quem está executando o Plano?
Presidenta: O Plano Estratégico de Fronteiras é uma experiência inédita, Luciano, que está sendo coordenada pelo vice-presidente Michel Temer, junto com os ministérios da Defesa e da Justiça. O Plano é executado por meio das duas operações: a Operação Ágata e a Operação Sentinela. A Operação Ágata, para você ter uma ideia, funciona assim: as Forças Armadas chegam de surpresa, de forma ostensiva, e realizam uma ação de impacto em pontos da fronteira. É uma ação temporária, localizada, mas que reforça visivelmente a presença do Estado em regiões onde identificamos a atuação de traficantes, contrabandistas e quadrilhas. Nós já realizamos duas operações Ágata. A primeira Operação Ágata, por exemplo, foi realizada na Amazônia. Lá foram destruídas três pistas de pouso clandestinas, que eram usadas por traficantes. Também foi desativado um garimpo ilegal, escondido em uma área indígena. Na segunda operação, que terminou há alguns dias e foi realizada na divisa do Brasil com o Paraguai, Argentina e Uruguai, foram apreendidos 650kg de explosivos, além de armas, munições e drogas.
Luciano Seixas: E a Sentinela, Presidenta, como funciona?
Presidenta: A Sentinela tem características diferentes, ela é permanente. É coordenada pelo Ministério da Justiça. O pessoal fica instalado em pontos estratégicos da fronteira, fazendo policiamento permanente. Nesses quatro meses, a Operação Sentinela apreendeu 65 mil munições e 300 armas. E, além disso, Luciano, foram feitas 3 mil prisões em flagrante. O interessante é que uma operação complementa a outra. Enquanto a Operação Ágata mostra a força de um Estado atento, a Operação Sentinela faz o trabalho cotidiano, permanente, de investigação e informação.
Luciano Seixas: Agora, mudando um pouco de assunto, Presidenta, a senhora poderia contar para a gente como foi a sua viagem à Europa na semana passada?
Presidenta: Olha, foi muito produtiva, Luciano. Eu estive em Bruxelas, onde participei da V Cúpula Brasil-União Europeia, e também mantive encontros com os governos e os empresários da Bélgica, da Bulgária e da Turquia. Fizemos acordos, Luciano, sobre a cooperação em inovação e tecnologia, sobre a ampliação do comércio dos investimentos entre os países e também sobre a crise econômica mundial, que afeta a União Europeia e os Estados Unidos. Eu disse, Luciano, aos nossos parceiros da União Européia, que a saída para vencer a crise não deve passar por mais e mais medidas recessivas, que vão exigir grandes cortes nos investimentos, provocar profunda queda no emprego, no crescimento das economias e, portanto, gerar recessão. É claro que os países desenvolvidos têm de parar com a especulação e o descontrole de suas finanças e bancos, mas também é imprescindível que voltem a crescer. Falamos também da reunião do G-20, o grupo das 20 maiores economias do mundo. Os países emergentes, que estão em muito melhor situação, querem debater as decisões dos países mais ricos, uma vez que elas podem afetar suas economias. Mas falamos também, Luciano, das oportunidades no Brasil, que vai atravessando essa crise mundial numa situação extremamente melhor do que a de outros países. Então, Luciano, eu tenho certeza que essa viagem vai trazer resultados muito positivos para o Brasil.
Luciano Seixas: Presidenta, obrigado por mais este “Café”.
Presidenta: Obrigada a você, Luciano, e obrigada a todos os nossos ouvintes. Até a próxima semana.
Luciano Seixas: Até a próxima semana, Presidenta. Você, que nos ouve agora, pode acessar este programa na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Voltamos segunda-feira, até lá.